
E continua no papel, desde 1997...
Ficção-científica no cinema nacional é mais difícil de se encontrar do que qualquer disco-voador zanzando por aí. E tal como os famosos OVNIs, a própria história do filme "UFO" (de nome provisório) parece estar fadada a ser mais um misto de ficção e realidade. Uma hora parece que vai sair, em outra, a descrença sepulta todas as chances de chegar as grandes telas do cinema.
Tamanha é a dicotomia de sua existência que me permito dizer que este é o melhor filme nunca filmado na história da cinematografia brasileira. E sem exageros. Pois são tão parcas as incursões ao gênero que qualquer um que se aventurar por essas bandas inexploradas terá a seu favor a fortuna dos vanguardistas.
Pena, que (como os desbravadores de outrora) mesmo assim, a falta de tradição acabe por castigar quem rema contra a corrente. Recebendo, por seu feito, algumas das pedradas mais dolorosas, ao invés de reconhecimento e honrarias (sendo a única verdadeiramente justa, aquela que concede liberdade de criação e oportunidade de exibição para quem ainda engatinha no mercado cinematográfico brasileiro).
Pretendo, mesmo assim, lutar novamente contra a correnteza, na esperança de fazer a brisa voltar a soprar bons ventos a favor daqueles que se empenham em derrubar barreiras - e domar as fronteiras mais desconhecidas. Compartilharei neste espaço as agulhas, farpas e beneficies de minha jornada. Aos que me acompanharem, fica a promessa de que não faltarão emoções, um pouco de choradeira de minha parte e, quem sabe, um redentor milagre que nos conduza ao mais belo final hollywoodiano que um homem possa imaginar (e transpor para as telas).
Mas se este dia nunca chegar, lamento muito, meus amigos, infelizmente, o cinema nem sempre aposta nos finais felizes.